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Mostrando postagens de abril, 2015

Economia criativa: a oportunidade da América Latina

por Alessandra Nascimento * Todos os países da América Latina e Caribe (ALC) juntos representam 1.200 solicitações anuais de patentes segundo a Organização Mundial de Propriedade Intelectual. O número equivale a apenas 10% dos pedidos da Coreia do Sul, que tem 12.400. Outra situação que chama a atenção é que, enquanto a região responde por apenas 2,4% dos investimentos mundiais em pesquisa e desenvolvimento, EUA e Canadá são 37,5% delas e a Ásia, 25,4%. Importante ainda destacar que desses 2,4% que competem a ALC, a maior parte é dividida em três países da região – Brasil (66%), México (12%) e Argentina (7%). Na coluna Logística Portuária dessa semana vamos abordar a importância da economia criativa como oportunidade de desenvolvimento para a América Latina. Recentemente a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro lançou um estudo buscando avaliar o grau de participação da economia criativa na economia nacional. O “Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil” apontou

Sugestão de leitura: El siglo de los mercados emergentes

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A sugestão de leitura da AN Comunicação & Marketing dessa semana vai para o livro   El siglo de los mercados emergentes de Antoine Van Agtmael. Boa leitura sobre o atual momento global.

Logística: Questão de Prioridade Nacional

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Alessandra Nascimento * Os problemas com a logística representam sérios entraves ao desenvolvimento e afetam seriamente economiado país. De acordo com um estudo do Instituto Logística e Supply Chain (Ilos), em 2012 os custos logísticos no Brasil ultrapassaram os 11,5% do PIB. Outro dado que merece ser friamente analisado foi apresentado pela Associação Brasileira do Agronegócio que cita que os problemas de logística e de infraestrutura geram perdas de 15% sobre o Valor Bruto de Produção (VBP), atualmente estimados em R$ 25 bilhões. Se faz a cada ano mais evidente os esforços para deslocamento e posterior exportação da produção brasileira. Os entraves, sensivelmente visíveis no país, também são compartilhados pelos nossos vizinhos na América do Sul em maior ou menor escala. Para discutirmos melhor esse tema, a coluna Logística Portuária desta semana conversou com consultor do conselho argentino de relações internacionais e expert em comércio internacional, Raul Ochoa.

Infraestrutura: o gargalo nosso de cada dia

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Alessandra Nascimento* As questões envolvendo a logística e os custos de transportes têm sido alvo de várias discussões no mundo. Os problemas, velhos conhecidos dos brasileiros são compartilhados também por argentinos, chilenos, uruguaios, dentre outros. Para uma maior reflexão sobre esse tema a coluna Logística Portuária  desta semana procurou o economista da Abeceb, consultoria de economia e negócios mais importante da Argentina, Mauricio Claveri. Ele faz menção as questões relacionadas à infraestrutura que acabam por interferir no preço dos produtos. “Um estudo da Organização Mundial do Comércio aponta que os custos de transporte dentro dos países membros do Mercosul são entre 20% a 30% mais altos que as tarifas praticadas o que impacta na perda da competitividade quando comparado com países de outros blocos econômicos”, avalia. Pertinente a essa questão, Claveri alerta para os impactos nas projeções de crescimento dos países. “A infraestrutura – precária e de

Os novos desafios do Brasil na visão do presidente da AEB

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Alessandra Nascimento* Mesmo enfrenando problemas internos como a insegurança jurídica e os entraves do chamado Custo Brasil o país vem se firmando como líder na América do Sul. Para conversar cum pouco mais sobre essas questões a coluna  Logístico Portuária  entrevistou o presidente da Associação de Comércio Exterior, AEB, José Augusto de Castro.Ás vésperas do Encontro Nacional de Comercio Exterior, Enaex, a ser realizado entre 7 e 8 de agosto no Rio de Janeiro, a 33 a edição tem como tema “Propostas para a Redução de Custos no Comércio Exterior”. Castro revela que no ano passado o país ocupou a 22ª posição no ranking de país exportador e teve participação de 1,32 % nas exportações mundiais, depois de ter atingido 1,41% em 2011. “Desde então o Brasil tem mostrado quedas, devendo cair uma vez mais em 2014 para 1,22%.Em contrapartida, a crescente demanda por produtos importados nos últimos anos fez o Brasil alcançar a 21ª classificação no ranking de país importador e ati

Os benefícios da cabotagem para a economia brasileira

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Alessandra Nascimento * A melhoria da competitividade brasileira começa por serviços de transporte mais modernos e adequados às realidades do mercado global. Segundo a pesquisa Confederação Nacional dos Transportes, CNT de Rodovias 2014, o modal rodoviário sozinho, responde por 60% do transporte de cargas no país e 90% do deslocamento de pessoas. A necessidade de se ter uma logística mais dinâmica é o tema dessa semana da coluna Logística Portuária. Na ultima edição do índice de competitividade global do Fórum Econômico Mundial, o Brasil aparece na 122ª posição dentre os 144 países pesquisados. Países como o Chile (31ª), Suriname (70ª), Uruguai (90ª), Bolívia (95ª), Peru (102ª) e Argentina (110ª) estão melhor posicionados em relação ao nosso país que é considerado uma das dez maiores economias do planeta. Voltando à pesquisa da CNT, ela identificou que cerca de 49,9% do pavimento das rodovias brasileiras apresenta algum tipo de deficiência e ainda há pontos crít

A força das pequenas e micro empresas no desenvolvimento e crescimento do país

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Viviane Valente     "O desenvolvimento das pequenas e micro empresas é fundamental para o crescimento sustentável da economia de um país" As pequenas e micro empresas detêm um papel importante para a economia de um país e contribuem eficazmente para seu desenvolvimento e crescimento. Através da valorização desse segmento de empresas, países como Irlanda e Finlândia saíram do patamar de país agrícola e de baixo desenvolvimento econômico para exportadores de tecnologia e competitividade, obtendo níveis de alto crescimento e desenvolvimento econômico e social. Para alcançar tal nível, estes países adotaram diversas medidas e, dentre elas, incentivaram as pequenas e micro empresas com programas de fortalecimento do setor, a fim de obter força competitiva e tecnológica frente aos grandes do mercado internacional. As medidas utilizadas por Irlanda e Finlândia foram a adoção da redução tributária; a redução da burocracia; a promoção das empresas ao mercado externo;

Comércio Exterior: os desafios da América Latina

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Alessandra Nascimento * Pensar na integração regional é lutar pelo livre comércio, reduzindo ou até mesmo isentando de impostos ou de tarifas alfandegárias e, principalmente, tendo como objetivo crescimento econômico para os países membros a partir de um maior fluxo de capitais e serviços, além da união de povos. Essa é uma premissa básica a qualquer bloco econômico que deseje se manter operante. No mundo atual não se pode apertar as mãos de um parceiro e quando ele vira as costas mudar o discurso.             Pois bem, esse é o dilema atual do Mercosul, cuja falta de sintonia entre os parceiros tende a se acirrar ainda mais com o dinamismo e o crescimento da Aliança do Pacífico, bloco criado recentemente e que vem chamando a atenção na América Latina por adotar medidas eficientes e agregar 15 países como membros observadores.             Agora vamos raciocinar cada um deles pelo seu peso econômico: o Mercosul  - composto por Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Par

Os desafios crescentes de um país chamado Brasil

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Alessandra Nascimento * Um dos grandes erros do Brasil foi ter centrado o desenvolvimento no seu modal rodoviário. São dois milhões de quilômetros de estradas, dos quais apenas 100 mil pavimentados e em péssimas condições de uso; onerando, assim, substancialmente os custos de manutenção. E isso num país cuja diversidade poderia ser melhor aproveitada.          Possuímos a maior bacia hidrografia do mundo e sequer trabalhamos a cabotagem de modo a obter desse modal um grande aliado na diminuição dos custos de frete, o que impactaria imensamente na melhora da competitividade. Um agravante: em se tratando dos estados do Nordeste - todos banhados pelo mar -, esta modalidade seria de extrema vantagem. Outra grande iniciativa seria a aposta em ferrovias. É preciso, acima de tudo, entender a complexidade desses dois modelos não apenas no aspecto econômico, mas de segurança, além das questões ambientais (em caso de transporte de cargas perigosas, os riscos de acidentes são menores

Sugestão de leitura: Crear o morir!

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A sugestão de leitura da AN Comunicação & Marketing vai para o livro   ¡ Crear o morir!: La esperanza de Latinoamérica y las cinco claves de la innovación, de autoria de Andres Oppenheimer. O livro aborda a importância da inovação num mundo altamente competitivo. Mais informações no link:   https://play.google.com/store/books/details/Andr%C3%A9s_Oppenheimer_Crear_o_morir?id=HP2bBAAAQBAJ&hl=pt-BR

Irlanda: a bola da vez

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Alessandra Nascimento * A Irlanda deve crescer, segundo a Comissão Europeia, pelo menos 3,6% em 2015. E isso acontece quando os países europeus ainda lutam para recuperar suas economias após os efeitos da crise econômica de 2008. O otimismo em relação aquele país é tanto que já lhe rendeu o apelido de tigre celta. Mas por que ela consegue crescer tanto? Qual foi o diferencial? Que medidas o país adotou para estar tão distanciado da sombra pessimista que ainda varre a Europa? Esse é o tema da coluna Logística Portuária dessa semana. No fim dos anos 80 a situação era caótica – a divida publica atingia 120% do PIB, o desemprego elevado e havia baixo crescimento econômico impactando na vida das pessoas. Foi, então, enquanto o país sentia os efeitos da grave crise econômica, pondo em perigo a continuidade do estado de bem-estar social, que trabalhadores, empresários e governos decidiram, juntos, celebrar um acordo. Chamado de Program for National Recovery (1987 – 1990), mais

Os impactos da crise hídrica na economia nacional

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Alessandra Nascimento * Um assunto tem sido referência nos últimos meses: a chamada crise hídrica do Sudeste - sentida em maior escala pelo estado de São Paulo que hoje pode enfrentar um racionamento radical com dois dias de abastecimento de àgua por semana - caso a situação não se alivie nos reservatório com a vinda de chuvas para a região. O atual momento é delicado para a economia nacional uma vez que São Paulo é responsável por mais de 31,4% do PIB brasileiro, de acordo com dados de 2014. O mais alarmante é que um racionamento dessa natureza causará impacto também em seu seio produtivo. O Sudeste, como um todo, representa mais de 54% do PIB nacional e os estragos da crise hídrica vão acarretar aumentos nos preços dos alimentos, motivados pela escassez, o que insuflará ainda mais a inflação cuja previsão inicial para este ano seria de 7%. Vamos discutir sobre esse tema na edição dessa semana na Coluna Logística Portuária .             Infelizmente, precisou a situação se

Dólar deve seguir em alta: previsão aponta para R$ 3

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Alessandra Nascimento *                         A moeda norte-americana deve seguir em alta, e as expectativas apontam que ela deve chegar a R$ 3,00. A situação continua atingindo em cheio o parque produtivo nacional, que se encontra com sérios problemas no tocante ao processo de desindustrialização, fruto da concorrência internacional. A lista de adversidades não se encerra por aí: inflação superando os 6%, baixo crescimento econômico, urgência de uma reforma tributária, além dos problemas oriundos da “commoditização” da economia nacional, ou seja, grande parte do que é exportado pelo país são produtos primários, mais suscetíveis à desvalorização vão contribuir ainda mais no cenário turbulento que se configura para esse ano. A coluna Logística Portuária dessa semana vai tratar dos impactos das oscilações do dólar na economia.             A valorização do dólar ainda se dá fruto de uma política assertiva do governo Obama, que fez com que os EUA conseguissem alcançar melhore

Parcerias: o caminho eficaz na exportação

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Alessandra Nascimento (*) A globalização tem gerado novas mudanças na economia mundial. Redução de barreiras comerciais, formação de blocos econômicos, maior especialização de mão de obra e, em contrapartida, um número cada vez crescente de desempregados. Nesse contexto as Pequenas e Micro Empresas se traduzem numa alternativa inteligente aos efeitos do mundo pós globalizado a partir de sua imensa capacidade de geração de empregos. No Brasil, por exemplo, elas são mais de 8,5 milhões de empresas e superam os 31,2 milhões de postos de trabalho, ou seja asseguram 51% dos empregos com carteira assinada. Seu impacto frente à economia é tanto que, somente em 2011 elas representavam 27% do PIB nacional. A Coluna Logística Portuária dessa semana vai analisar o peso das pequenas e micro empresas na economia brasileira. Em momentos de crise, as PMES são as mais susceptíveis aos transtornos e dissabores causados em uma economia frágil.  Proporcionar maiores incentivos às peq

Uruguai e Brasil: a importância das relações bilaterais

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por Alessandra Nascimento* Uruguai é o segundo menor país da América do Sul em território, porém possui uma estrutura econômica, social, educacional que o deixa entre muitos gigantes. A expectativa de vida média das mulheres é de 78 anos e para os homens 74; baixo índice de corrupção em comparação com os demais países da região segundo levantamento da ONG Transparência Internacional, e também alta alfabetização e menor taxa de violência dentre os latino-americanos. Ele ainda é referência na região por proporcionar mais qualidade de vida à população, além de se encontrar entre os 40 melhores países para se aposentar. O sistema de saúde pública é considerado excelente (aparece junto com França e Malásia segundo relatório anual Global Retirement Index 2014). Acrescente-se ainda a terceira colocação no ranking de competitividade entre os países da América do Sul criado pelo Fórum Econômico Mundial, sem esquecer que 60% da população uruguaia é classe media conforme estudo do PN